A chuva registrada no fim da tarde e início da noite ontem (29) serviu para minimizar o calor e a secura do solo, mas além de ter chegado tarde, ela foi esparsa, de pouco servindo para minimizar as perdas na agricultura, que são grandes em Cascavel e região, como em todo o restante do Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul. Com a situação crítica das lavouras, mais da metade dos produtores do Oeste paranaense que possuem seguro devem exercer seu direito para minimizar as perdas.
Diante disso, representantes da Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário) e o Sindicato Rural de Cascavel reuniram-se nesta quinta (30) com representantes do Banco do Brasil para pedir agilidade nos processos. Grande parte dos seguros agrícolas realizados na região são feitos pela BrasilSeg, um braço do BB.
“Nos reunimos com o banco para pedir agilidade nos processos. Eu fiz um levantamento com colegas nas regiões mais afetadas pela estiagem, que são os municípios lindeiros ao lago de Itaipu, e lá pelo menos 90% dos produtores vão acionar o seguro. Por isso, esse trabalho vai acumular muito e precisamos de mais peritos”, comentou o presidente da Apepa, Daniel Galafassi.
“Como já está praticamente tudo perdido, solicitamos à seguradora que libere essas áreas para colheita. A ideia é que isso amenize um pouco os prejuízos dos pecuaristas, tanto de leite como de corte, porque com a estiagem o pasto não brotou”, acrescentou o presidente do Sindicato Rural, Paulo Orso.
