O julgamento de Rodrigo Neumann Pires, acusado de dois homicídios qualificados em Guarapuava, está marcado para o próximo dia 4 de novembro, às 9h, no Fórum da cidade. O caso será analisado pelo Tribunal do Júri, após decisão da 3ª Vara Criminal, emitida em 3 de junho de 2025, que reconheceu provas da materialidade dos crimes e indícios suficientes de autoria.
Uso de recursos audiovisuais no julgamento
O juiz Márcio Trindade Dantas autorizou o uso de recursos audiovisuais durante o júri, incluindo vídeos, mapas, laudos e apresentações multimídia, previamente indicados pelas partes. Na decisão, o magistrado destacou que os dois homicídios ocorreram no mesmo contexto — tempo, local e modo de execução — e que o fato foi registrado em vídeo. Ressaltou ainda que o réu confessou extrajudicialmente e que há farto material probatório, o que dispensou a ampliação do número de testemunhas, evitando atrasos e custos adicionais.
O caso
De acordo com o processo, Rodrigo teria chegado alterado ao local onde as vítimas trabalhavam como seguranças e acabou sendo retirado. Cerca de uma hora e meia depois, retornou armado com um revólver calibre .38 e efetuou vários disparos.
Os laudos periciais apontam que Vanderlei morreu em razão de traumatismo hepático e Edineia, de traumatismo cardíaco, ambos causados pelos tiros.
O acusado segue preso preventivamente e deverá ser escoltado por reforço policial no dia do julgamento.
O que diz a defesa
Os advogados do Escritório Nicolau – Drª Elizane, Dr. Miguel Nicolau e Dr. Felipe, que representam Rodrigo, afirmaram que o processo é “extremamente complexo” e que envolve duas vítimas, o que exige cautela na divulgação de detalhes da estratégia jurídica.
Segundo a defesa, o réu reagiu a agressões sofridas antes do crime, as quais teriam sido registradas em vídeos, áudios e depoimentos. Esse ponto, afirmam, será central durante o julgamento:
“Apesar dos homicídios ocorridos, o Rodrigo teve uma reação às agressões que sofreu das vítimas. Essas agressões foram severas, e esse será um dos pontos centrais apresentados ao Conselho de Sentença”, declararam.
Sobre o limite de cinco testemunhas por parte, os advogados consideram a decisão adequada para garantir um julgamento equilibrado e sem prolongamentos desnecessários.
Eles também destacaram que a equipe tem se dedicado intensamente à análise de provas, vídeos e confissões extrajudiciais, preparando uma apresentação que utilize recursos audiovisuais para facilitar o entendimento dos jurados.
“Vamos explorar essa ferramenta para aproximar os jurados dos fatos e facilitar a compreensão do que está sendo julgado”, reforçaram.
Expectativa para o júri
A defesa informou que Rodrigo tem acompanhado os preparativos e demonstra ansiedade pelo julgamento, mas confia em uma condução justa e imparcial do processo.
A sessão será pública, aberta à imprensa e à comunidade em geral.
A Rede Gazeta também entrou em contato com os representantes da família das vítimas, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno. Assim que houver manifestação, novas atualizações serão publicadas.
Informações: Rede Gazeta
Foto: Redes sociais
