Uma pesquisa estuda a possibilidade da criação de peixes no lago de Itaipu, no oeste do Paraná, na fronteira com o Paraguai.
Pesquisadores da usina, de universidades e de empresas querem avaliar a viabilidade econômica da produção da tilápia no local, assim como os impactos ambientais.
A tilápia é considerada um peixe importado, portanto, não é da bacia do Rio Paraná, e só poderia ser produzida no lago depois de uma decisão entre Brasil e Paraguai. Atualmente, o acordo entre os dois países proíbe o cultivo de espécies exóticas em águas fronteiriças.
Segundo a Usina, os estudos ambientais com a tilápia vêm sendo feitos desde 2017 e, até o momento, nas condições experimentais avaliadas, não foi possível detectar impactos significativos, de ordem ambiental, gerados pelo cultivo da espécie. No fim de 2024, a Usina de Itaipu e o Ministério da pesca e Aquicultura assinaram um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento sustentável da pesca.Em nota, a Usina reforça que o cultivo de espécies exóticas no reservatório deve ser acompanhado de pesquisas para avaliar o impacto ambiental, e cada espécie demanda estudos específicos.
Outro peixe conhecido também está sendo estudado: o dourado. No último dia 14, a Itaipu recebeu 6 mil dourados, que viajaram 700 km, da região de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, até Foz do Iguaçu.
Uma lei estadual proíbe a pesca da espécie nos rios paranaenses, por estar ameaçada de extinção. Mas, quando criada em cativeiro, pode ser pescada. Diferente da tilápia, a criação do dourado não exige autorização dos dois países porque o peixe é nativo da bacia do Rio Paraná.