Até 2050, as araucárias devem deixar de ser encontradas em pelo menos 70% dos locais onde existem atualmente. A projeção faz parte de um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com a pesquisa, o desaparecimento da espécie está diretamente ligado às mudanças climáticas: o aumento da temperatura causado pelo efeito estufa encolherá de forma significativa as áreas onde a araucária consegue sobreviver.
No estudo, os pesquisadores avaliaram diferentes cenários com diferentes configurações e variáveis. O coordenador do estudo e professor do Departamento de Biodiversidade da UFPR em Palotina, Victor Pereira, ressalta que outro fator de impacto é o uso do solo.
Caso o cenário não mude, as áreas mais afetadas são as baixas e quentes. Conforme o estudo, no pior cenário, a araucária deixa de existir em grande parte do Paraná. Regiões próximas a cidades como Cascavel e Campo Mourão veriam a espécie sumir aos poucos.
No Oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, bem como os remanescentes da Argentina e do Paraguai, também são afetados. Além disso, as populações da Serra da Mantiqueira, em São Paulo, e no sul de Minas podem deixar de existir.
