A região de Ponta Grossa deve assumir a liderança na produção de cevada na safra que começa a ser plantada agora. A primeira mostra é que a semeadura já iniciou nessa regional, representando uma alteração importante. Normalmente, o plantio começava em maio pela região de Guarapuava, que no ano passado foi a maior produtora.
A alternância no espaço ocupado pela cevada no Paraná é uma das informações que estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 12 a 18 de abril. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Na regional de Guarapuava, a Cooperativa Agrária centraliza os trabalhos de processamento e, em 2023, concentrou 48% (134 mil toneladas) das 278 mil toneladas de cevada produzidas no Estado. A região vizinha de Ponta Grossa, por sua vez, foi responsável pela produção de 109 mil toneladas (39%). No entanto, a estimativa para este ano é que haja redução de 16% na área total dedicada a essa cultura no Estado, caindo de 87,2 mil hectares para 73,4 mil. A maior queda é justamente no núcleo de Guarapuava, saindo de 43,2 mil hectares para 26 mil, ou 40% a menos.
Em compensação, a região de Ponta Grossa tem expectativa de acréscimo de 10%, passando de 31,7 mil hectares para 35 mil. Isso se deve principalmente à instalação da Maltaria Campos Gerais, a maior da América Latina. Fruto de investimentos de R$ 1,6 bilhão das cooperativas Agrária, Coopagrícola, Capal, Bom Jesus, Frísia e Castrolanda, a previsão é produzir 240 mil toneladas de malte por ano.
Os demais núcleos regionais produtores em menor escala são Curitiba, Irati, Jacarezinho, Pitanga, Apucarana, União da Vitória, Pato Branco e Francisco Beltrão.