sábado, fevereiro 19, 2022

Caso Tatiane Spitzner - Tribunal de Justiça nega apelação de Manvailer e mantém condenação

O Tribunal de Justiça de Paraná (TJ-PR) julgou como improcedente as apelações da defesa de Luis Felipe Manvailer, que tentava anular a condenação dele pela morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava, na região central do estado. O crime foi em 2018.

Os pedidos da defesa de Manvailer foram avaliados em sessão da 1ª Câmara Criminal do TJ-PR, na noite de quinta-feira (17). Os três desembargadores foram unânimes em negar o pedido da anulação do julgamento e a diminuição da pena.

Aos 29 anos, em 2018, Tatiane Spitzner foi morta e jogada da sacada do prédio onde morava com o marido, Luis Manvailer, conforme concluiu o julgamento

A defesa de Luis Felipe havia entrado com uma apelação criminal no ano passado, depois que o biólogo foi condenado pelos jurados no Tribunal do Júri, em Guarapuava.

A sentença aplicada em maio do ano passado foi de 31 anos e 9 meses de prisão por feminicídio, com as qualificadores de meio cruel, motivo fútil e emprego de asfixia, além do crime de fraude processual. 

Na apelação, os advogados citavam pelo menos 23 questões em que contestavam, entre outros pontos, suposta irregularidade na escolha dos jurados que integraram o Conselho de Sentença. Os pedidos tentavam culminar na anulação da condenação.  

Relembre o caso

Manvailer está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava há três anos e seis meses, desde a época do crime. Ele foi condenado por homicídio, com quatro qualificadoras: feminicídio, meio cruel, motivo fútil e emprego de asfixia.

O biólogo também foi condenado por fraude processual, porque limpou vestígios de sangue de Tatiane, e a pena total dele ficou estipulada em 31 anos, 9 meses e 18 dias.

Após sete dias de um extenso julgamento, Manvailer foi condenado pelo júri popular e recebeu a sentença em 10 de maio de 2021. Treze pessoas, entre vizinhos, peritos, médicos e policiais, foram ouvidas presencialmente no tribunal durante o júri. Outras três pessoas tiveram os vídeos de depoimentos da fase de instrução, exibidos no julgamento.

Os jurados consideraram Manvailer culpado por matar Tatiane Spitzner após asfixiá-la, mediante esganadura, e por ter arremessado o corpo da vítima, já sem vida, da sacada do apartamento, que fica no 4º andar do edifício onde o casal morava, no Centro de Guarapuava.

O crime foi em 22 de julho de 2018. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostraram Manvailer agredindo a esposa antes de ser morta.

Luis Felipe foi preso horas depois da morte da advogada, ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. A cidade fica a aproximadamente 340 quilômetros de Guarapuava, onde o crime aconteceu.

A defesa de Manvailer sempre negou que ele tenha matado Tatiane.