Nessa segunda-feira (24), produtores de maçã de Palmas iniciam, com maior intensidade, a colheita da fruta no município. Nesses primeiros dias, o trabalho acontecerá nas regiões mais baixas de Palmas, com a colheita da Gala, que segue em fevereiro no Horizonte. Durante todo o mês de março e início de abril, produtores começam a coleta da Fuji.
De acordo com o diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Ivanir Dalanhol, algumas maçãs, de variedade precoce, já vêm sendo colhidas em Palmas desde dezembro.
Para esta safra (2021/2022), a expectativa dos produtores não é positiva. Segundo Dalanhol, questões climáticas impactaram diretamente no desenvolvimento da fruta, o que ocasionará na diminuição de produtividade.
“Nós tivemos duas situações que atrapalharam. A primeira foi bastante chuva na florada, em outubro. Com muita água, as abelhas não conseguiram polinizar e ai não fixou a fruta. Essa situação aconteceu não só em Palmas como em todo Brasil. Já o segundo evento foi a seca. A fruta não cresceu, perdeu em peso e ficou sem calibre. Com isso, perdemos em preço porque a fruta miúda remunera menos”, explica.
Diante dos problemas enfrentados nesta safra, estima-se que sejam colhidas cerca de nove mil toneladas. No período anterior (2020/2021), foram colhidas mais de 12 toneladas de maçã.
Conforme Dalanhol, esse índice pode mudar, uma vez que a colheita
ainda não acabou. Porém, mesmo assim, ‘o produtor está bem preocupado,
inclusive para conseguir cumprir com os contratos de custeio que tem.
Daqui a pouco vence e tem que pagar”.