Mais do que nunca, produtores rurais da região sudoeste estão com os olhos voltados para o céu. É que 2022 vai marcar o terceiro ano de chuvas irregulares: desde o segundo semestre de 2019, foram 20 meses com o chamado déficit hídrico, quando chove menos que a média histórica. Somados, os três anos “devem” cerca de 1.700 mm de chuva; é quase o que deveria chover ao longo de um ano todo.
Essa situação de estiagem prolongada tem desanimado quem vive da agricultura. O produtor Valmor Zili, que lida com vaca de leite em Seção Jacaré, Francisco Beltrão, precisou gastar as economias de três anos para conseguir comprar milho para silagem no ano passado e tinha uma boa expectativa para esta safra, mas a produtividade da lavoura não foi a esperada. “Olhando assim o milho até deu estatura, mas é só pé e folha, as espigas são pequenas e com grãos murchos”, conta.
No caso de boa parte da sua
área a chuva faltou num momento crucial, quando há a chamada floração e
formação de espiga. Em uma parte em que Zili arriscou plantar mais cedo o
milho veio melhor, mas ainda “sofrido” pela falta de umidade. Por