A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná começou a fazer busca ativa
de propriedades sobre as quais não há registro de atualização cadastral
de rebanho. Elas serão notificadas para regularizar a situação, sob
risco de multa. Além disso, não poderão emitir Guia de Trânsito Animal,
com vistas à movimentação entre propriedades ou abate.
"Desde o início deixamos claro que nossa intenção não era aplicar
penalidades, mas apelar para o bom senso, visto que o cadastro ajuda
todos os paranaenses", disse o presidente da Adapar, Otamir Cesar
Martins. "Mas, em cumprimento à legislação de defesa agropecuária e em
respeito aos milhares de proprietários que cumpriram com o dever, os
fiscais vão visitar as propriedades que não obedeceram ao prazo para que
sejam autuados."
O prazo da campanha de cadastro encerrou-se em 30 de junho. Os
proprietários tiveram dois meses para acessar o sistema online
disponível no site da Adapar ou procurar algum ponto físico, como as
unidades locais da agência, sindicatos rurais ou prefeituras, para
realizar o processo.
O balanço parcial divulgado sexta-feira (2) mostra que a média estadual
de atualização cadastral está em 80,6%. Ainda há documentos sendo
enviados do Interior do Estado para a sede da Adapar em Curitiba. Os
cinco municípios com pior porcentual são da região de Curitiba: Colombo,
com apenas 21,4% de comprovação, Quitandinha (31,8%), Contenda (34,3%),
Piraquara (37,7%) e Curitiba (38,7%). Na ponta contrária, 60 municípios
fecharam em 100%.
FUNDAMENTAL - A atualização é fundamental para auxiliar a
vigilância sanitária e garantir a manutenção do status internacional de
área livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida
em 27 de maio pela Organização Mundial de Saúde Animal, depois de mais
de 50 anos de esforço conjunto de entidades públicas e privadas e da
cooperação de produtores.