sábado, junho 26, 2021

ALÉM do aumento de quase 10% , Aneel mantém bandeira vermelha nível dois nas contas de luz em julho

 A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 25, que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha em seu segundo patamar em julho. Atualmente, os consumidores pagam uma taxa adicional de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, mas esse valor deve ser bem mais alto a partir do próximo mês. Alguns especialistas apontam a necessidade de a taxa ser elevada a, pelo menos, R$ 10,00 a cada 100 kWh, um aumento de 60%

A diretoria colegiada do órgão irá definir os novos valores na próxima terça-feira, 29. A proposta apresentada ainda em março previa um aumento de 21% na bandeira vermelha patamar 2, que passaria a R$ 7,571 a cada 100 kWh. Mas, a agência já assume que será necessário um reajuste maior. A avaliação é que esse porcentual não é suficiente para cobrir os custos da compra das usinas termelétricas, necessárias para garantir o abastecimento em meio à pior crise hídrica dos últimos 91 anos

É o segundo mês consecutivo em que a bandeira vermelha em seu segundo patamar, a mais cara do sistema, vigora. Em maio também foi acionada a bandeira vermelha, mas no patamar 1. Nos meses anteriores, de janeiro a abril, vigorou bandeira amarela.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015. Na prática, as cores e modalidades -verde, amarela ou vermelha – indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, representa que o custo para produzir energia no País está baixo. Já o acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a previsão de chuvas.

Considerando que o País está entrando no período seco com nível crítico nos reservatórios, é baixa a expectativa de que a situação se resolva nos próximos meses. A perspectiva entre os agentes do setor elétrico é que a agência mantenha o patamar mais alto da bandeira até, pelo menos, o fim deste ano