terça-feira, abril 21, 2020

FALTA de chuva na região provoca cenas de pura desolação do Rio Tapera em Virmond



Paraná registra pior estiagem dos últimos 23 anos..

A falta de chuvas que assola praticamente todas as regiões do Paraná chegou a níveis preocupantes. Dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontam que a ocorrência de índices pluviométricos abaixo das médias históricas já se arrasta por dez meses – de junho de 2019 a março de 2020 –, na região das nove maiores cidades do Estado. Segundo o Simepar, esta á a pior estiagem já registrada desde 1997, quando o instituto começou a fazer este tipo de monitoramento. A seca prolongada já provocou impactos na lavoura de milho safrinha em algumas regiões.

Em regiões do Paraná, como Oeste e Norte, o plantio do milho safrinha foi feito um pouco mais tardiamente em relação ao período histórico. De um modo geral, os produtores relatam que a estiagem, combinada à restrição da umidade, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar prejudicaram o desenvolvimento da lavoura. A seca também favoreceu o aparecimento de pragas, como pulgão, ácaro, cigarrinha do milho e lagarta do cartucho.

“Apesar de não ser uma condição generalizada no Paraná, uma vez que nas regiões Sudoeste e Central as lavouras se desenvolvem bem com as últimas chuvas ocorridas, o panorama é preocupante”, destaca Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Por todo esse cenário, o produtor rural Nelson Paludo, também presidente da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, estima que a produtividade das lavouras de Toledo, no Oeste, deve sofrer redução de um terço. “Já estimamos perda de 30%, isso se tudo correr bem daqui para frente. As plantas estão bastante afetadas e com porte baixo”, observa.