O comerciante acredita que o impacto do coronavírus em seus negócios será quase apocalíptico, com queda nas vendas, demissões de funcionários e empresas forçadas a fechar. É o que aponta uma pesquisa de opinão do Datacenso feita para a Associação Comercial do Paraná (ACP), divulgada nesta terça-feira (31)
Dentre os pontos questionados estavam qual o impacto sobre o negócio; tempo que pode prejudicar os negócios; perspectivas de continuidade do negócio; probabilidade de redução de quadro de funcionários; e opinião sobre o isolamento social. No geral, o comerciante parece estar pessimista com o futuro da economia para o resto do ano. mais de 80% acha que a pandemia vai impactar negativamente nos negócios, e a maioria também acha que a situação de emergência deve seguir por mais seis meses.
A queda nas vendas por causa do coronavírus foi algo apontado por quase 80% dos comerciantes. Ao todo, 79% deles acreditam que o volume será reduzido, enquanto 20% não sabem e 1% acham que as vendas não serão afetadas. Um possível fechamento da empresa também foi abordado na pesquisa ACP/Datacenso. Um em cada 10 pretende fechar; 7% pretendem fazer uma pausa temporária e 36% não sabem o que farão. E 47% deles pretendem continuar.
As demissões estão na mira de 42% dos entrevistados, que afirmam que pretendem reduzir o quadro de funcionários; 38% pretendem manter o mesmo número de funcionários e 20% não sabem o que vão fazer ainda. Sobre uma solução alternativa para o quadro de funcionários, 23% pretendem antecipar férias individuais; 17% pretendem reduzir a carga horária; 16% pretendem negociar redução de salários; 14% pesam em organizar férias coletivas 14%. Apenas 9% não vão mudar nada.
O isolamento social, orientado pelas autoridades médicas em todo o mundo, é motivo de contrariedade entre os comerciantes de Curitiba. 57% são contra o fechamento de serviços não essenciais, mas 41% são a favor; 9% não sabem dizer e 3% estão indiferentes ao isolamento social. Os comerciantes de Curitiba esperam que o governo tome alguma atitude para ajudá-los. 24% acham que deve ser reduzida a carga tributária ou os impostos; 20% acham que deve ser oferecido empréstimos com juro zero pelo BNDES e 16% pedem que haja uma redução da taxa de juros de todos os empréstimos.