Professores de escolas públicas manifestaram, na manhã desta terça-feira (15), contra a retirada da licença-prêmio e também contra a desvalorização dos servidores públicos por parte do Governo do Paraná. O ato aconteceu na Praça Nossa Senhora de Salete, no bairro Centro Cívico, em Curitiba, mas continuará no período da tarde, na Assembléia Legislativa do Paraná, quando os servidores irão pedir o voto contra a licença-prêmio aos deputados.
Segundo o presidente da APP-Sindicato e professor, Hermes Leão, esse ato é para pedir que o governador Ratinho Junior escute os servidores. “Estamos fazendo esse ato sobre a critica necessária à forma como o governador Ratinho Junior não está respeitando e ouvindo os servidores. A tarde iremos para a Assembléia pedir o voto contra a retirada do tema da licença especial aos deputados”, explicou.
Dia 15 de outubro é a data em que se homenageia os professores. Para Leão, neste ano, o Dia dos Professores está sendo um dos piores desde a criação da data, em 1827.
“Podemos dizer que é a data é mais lembrada pela massa da sociedade, por conta da importância que os professores têm na vida de cada um. No entanto, estamos em um período histórico que talvez seja o pior dia dos professores. É um ataque aos direitos e uma propaganda negativa sobre as escolas públicas”, disse o professor, que também comentou sobre o aumento do suicídio entre os servidores públicos do Paraná.
“O nível do adoecimento se dá por que as relações e falta de valorização tem criado o ambiente em serviço. Quando reduz as horas de atividade, quando ficam 4 anos de reajuste zero dos salários, quando temos que ficar fazendo greve todo ano para não perder mais direitos, vai produzindo inevitavelmente a precarização do trabalho que gera o adoecimento. Estamos denunciando neste ato, junto com outras categorias, o suicídio que vem aumentando entre os servidores”, esclareceu Leão.