quarta-feira, julho 03, 2019

Delegado Adriano Chohfi diz que ‘vários detalhes demonstram equívocos’ na impermeabilização em apartamento que explodiu em Curitiba

A polícia não descarta o indiciamento por dolo eventual dos responsáveis pela explosão do apartamento, sábado (29), no Água Verde. O dolo eventual fica caracterizado quando se assume o risco de cometer o crime. Nesta terça-feira (02), a polícia ouviu o casal, proprietário da empresa que prestava o serviço quando o imóvel explodiu. Eles foram ouvidos por mais de duas horas.

A principal hipótese é de que o material usado para a impermeabilização de um estofado tenha causado a explosão. O proprietário disse à polícia que eram usados dois produtos diferentes naquele dia.

O delegado Adriano Chohfi, da Deam — a Divisão de Explosivos, Armas e Munições — disse que o proprietário confirmou que fazia a manipulação dos produtos na própria empresa. Esse procedimento fere os protocolos de segurança.

Durante o depoimento à polícia, o proprietário apresentou as notas fiscais da aquisição dos materiais químicos. Ele disse que mantinha entre 20 e 30 litros do produto em estoque, mas reconheceu que o armazenamento do material era feito fora dos protocolos de segurança, na própria sede da empresa.

Nesta terça-feira (02), a polícia também ouviu o supervisor que era o responsável pela impermeabilização do estofado, quando o apartamento explodiu. O advogado dele, Maurício Zampieri, alega que a empresa era negligente.