sábado, setembro 29, 2018

Prefeito afastado de Rolândia fica calado em depoimento ao Gaeco

O prefeito afastado de Rolândia, no norte do Paraná, Luiz Francisconi Neto (PSDB), investigado por suspeita de receber propina, não respondeu as perguntas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco), nesta sexta-feira (28).

Luiz Francisconi Neto está afastado das funções há três semanas e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Ele e mais 14 pessoas são investigados pela Operação Patrocínio, que apura o recebimento de vantagens indevidas em troca de alterações de contratos com a prefeitura.

O advogado Anderson Mariano explicou que ainda não teve acesso ao processo e, por isso, Francisconi ficou em silêncio.

“O Tribunal de Justiça ainda não liberou a decisão e nem o procedimento investigatório. Então, nesse momento, o prefeito entendeu por bem se manter em silêncio até que a defesa tenha acesso as acusações contra ele”, disse o advogado.

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) no dia 10 de setembro.

A defesa de Francisconi ainda entrou com um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a determinação que o afastou do cargo. O processo está com o ministro Alexandre de Moraes e ainda não foi analisado.

O argumento é que Francisconi foi afastado sem ter direito de se defender antecipadamente e que a medida é desnecessária, ele poderia continuar no cargo sem comprometer as investigações.