segunda-feira, maio 14, 2018

Nova FASE da OPERAÇÃO que DESVIAVA VERBAS de IMPOSTO na RECEITA ESTADUAL do PARANÁ quer rastrear DINHEIRO

Dos processos em andamento na esfera judicial, o promotor Jorge Barreto disse acreditar que muitos terão sentença já no segundo semestre de 2018.              
                
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) está longe de terminar o trabalho de rastreamento do dinheiro desviado de sonegação fiscal pago por empresários a auditores no esquema de corrupção encrustado na Receita Estadual do Paraná.

 A denúncia da 10ª fase da Operação Publicano protocolada no 3ª Vara Criminal Londrina na última semana mapeou a suposta lavagem de ativos na compra e venda de imóveis e veículos executado pelo auditor fiscal Gilberto Favato. Já testemunhas de acusação ouvidas nas audiências de instrução na última quarta-feira (8) na Publicano 5 depuseram contra Luiz Antônio de Souza – ex-auditor e principal delator do esquema - que aliado aos seus familiares teria utilizado o mesmo mecanismo para maquiar a origem ilícita do dinheiro. 

"A partir da Publicano 2 (junho de 2015) começamos uma força-tarefa para levantar a lavagem de ativos envolvendo esses auditores", informou o coordenador do Gaeco, promotor Jorge Barreto da Costa. Ele adiantou ainda que outras ações criminais de lavagem de dinheiro serão encaminhadas à Justiça pelo MP (Ministério Público). "Esses procedimentos são mais demorados porque dependem de quebra (de sigilo bancário e fiscal), de diligências, de ouvir testemunhas e esperar documentos." 

Para tentar recuperar o dinheiro e identificar o patrimônio adquirido de forma ilícita, o Gaeco separou alguns inquéritos por núcleo de auditor fiscal. A próxima denúncia que deverá ser encaminhada à Justiça será contra os auditores Orlando Aranda e Ranulfo Dagmar Mendes. Isto é, caracterizando a 11ª fase da Publicano. "Estamos diligenciando e conseguindo fechar situações que levem efetivamente ao esclarecimento de situações que ficaram comprovadas a lavagem do dinheiro." 

A ideia é recuperar com as ações penais o dinheiro sonegado pelo esquema corrupto. Só no primeiro ano após as investigações foram recuperados R$ 18,5 milhões. 

ELEVADOR JUDICIAL

Sobre os processos em andamento na esfera judicial, o promotor disse acreditar que muitos terão sentença já no segundo semestre de 2018. Costa alegou ainda que não há motivo para sobe e desce de processos entre primeira instância e STJ (Superior Tribunal de Justiça). "Insisto. Não há motivo algum para que haja essa subida e descida de processos porque em momento algum nós aqui investigamos pessoas detentoras de foro privilegiado."