Por conta de fracas chuvas nas regiões das hidrelétricas, o Brasil deverá ter bandeira tarifária vermelha em outubro, o que resulta na maior cobrança adicional na conta de energia, disse nesta sexta-feira (22) o diretor-geral da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Atualmente, a bandeira tarifária das contas de luz é amarela, o que significa um custo adicional de R$ 2 a cada 100 kilowatts-hora em eletricidade consumidos. A bandeira vermelha eleva o adicional para R$ 3 em seu primeiro patamar e para R$ 3,50 no segundo patamar. Segundo ele, há uma escassez de chuvas no país e o período chuvoso deve ser atrasado, afetando o nível dos reservatórios das hidrelétricas e, consequentemente, levando ao uso de mais térmicas que operam a preços mais altos.
A expectativa é que as usinas hídricas do Sudeste, onde está a maior parte das hidrelétricas, recebam apenas 66% da média histórica em chuvas. Horário de verão O diretor da Aneel confirmou que a autarquia deu parecer ao Cômite de Monitoramento do Setor Elétrico sobre o fim da adoção do tradicional horário de verão. Segundo ele, do ponto de vista elétrico, não se justifica mais a adoção do modelo, uma vez que estudos apontam que a medida não traz mais os mesmos benefícios para o consumo de eletricidade.
"Como tem impacto para além do setor elétrico, não tem mais o benefício que tinha, e o assunto está com a Casa Civil", disse ele. A Casa Civil afirmou em nota nesta sexta-feira que "o governo está avaliando a conveniência ou não do tema horário de verão".