Guarapuava amanhece neste dia três de dezembro em meio a um cenário que revolta moradores e comerciantes. Um dia depois da carta enviada pelo então secretário de Saúde, que expôs um ambiente de ingerência política, boicotes e decisões que prejudicavam diretamente a população, a cidade agora encara outro problema que se soma à crise: a decoração natalina milionária que ainda está sendo instalada, mesmo faltando poucas semanas para o Natal.
A Ata de Registro de Preços número 293 de 2025 previa uma grande estrutura de ornamentação para o centro e diversos bairros, com valores que ultrapassam milhões de reais em figuras decorativas, cenários e iluminação. Mas a execução só começou agora, quando dezembro já avança e o comércio mais precisa de movimento.
Para lojistas, o atraso é um golpe direto nas vendas. Sem decoração no período mais importante do ano, o clima natalino não aconteceu no tempo certo, o fluxo de consumidores diminuiu e as ruas não tiveram o apelo visual que impulsiona o comércio nesta época. A cidade deveria estar iluminada desde novembro, mas entra em dezembro praticamente sem o brilho que movimenta a economia local.
O contraste entre a crise na Saúde e a demora na entrega da decoração acende ainda mais a insatisfação popular. Em pleno dia três, Guarapuava vive um fim de ano marcado por problemas que atingem tanto o atendimento público quanto o setor comercial, enquanto a população aguarda respostas e o cumprimento de prioridades que ainda não saíram do papel.
E agora, sem saúde funcionando e sem luz para o Natal, fica a pergunta que ecoa pelas ruas: o que esperar do tão prometido prospero ano novo eleitoral?
