Organizações e entidades sem fins lucrativos mobilizam voluntários para resgatar animais em Rio Bonito do Iguaçu, município de cerca de 14 mil habitantes no Paraná, atingido por fortes ventos após a passagem de um tornado na região Centro-Oeste do estado, na última sexta-feira (7).
A psicóloga Alana Brito, presidente da ONG Bicho Vivo, afirmou que ainda não há uma dimensão de quantos animais podem ter morrido ou se machucado durante o tornado, considerado o mais devastador da história do Paraná. “Ainda não temos um total de quantos animais podem ter na cidade. Resgatamos seis ontem, que eram os casos mais urgentes, e levamos para Laranjeiras do Sul [município paranaense]”, disse à reportagem.
De acordo com ela, uma das principais dificuldades é a falta de abrigo para os animais. A ausência de um espaço adequado dá poucas opções aos voluntários, que precisam deixar nas ruas aqueles que estão em boas condições de saúde.
“Alguns a gente manteve aqui [em Rio Bonito do Iguaçu], os que não estavam machucados. Outros nós socorremos e vimos que estavam bem, então tivemos que deixar pela rua mesmo, porque não tem abrigo, não tem para onde levar”.
— relatou Alana.
Ela acrescentou que as autoridades de Laranjeiras do Sul, considerado ponto de apoio para o atendimento aos afetados, estão em contato para que um abrigo seja criado no município a fim de acolher esses animais. “O que a gente mais precisa no momento são lares temporários, porque não temos para onde levar os bichos”, afirmou.
