O prefeito Rafael Moura participou da sessão da Câmara de Vereadores na noite desta segunda-feira, onde apresentou um relatório completo sobre as contas públicas, obras, convênios e a situação estrutural do município. A fala foi marcada por números expressivos, comparativos diretos e críticas à falta de responsabilidade fiscal das gestões anteriores.
Logo no início, Moura destacou que as emendas impositivas praticamente não foram pagas entre 2021 e 2024, e que somente em 2025 o volume já supera a soma dos últimos quatro anos. Para evitar problemas com órgãos de controle, ele anunciou que todas as entidades serão chamadas para um cadastro unificado, reforçando que “cada centavo precisa de prestação de contas”.
O prefeito também detalhou o cenário encontrado ao assumir o Executivo:
Mais de R$ 20 milhões em dívidas acumuladas;
Município sem certidões desde 2022, impossibilitando convênios;
Aproximadamente R$ 30 milhões em financiamentos aprovados na gestão passada que nunca foram acessados por falta de documentação;
Precatórios atrasados desde 2022, somando mais de R$ 9 milhões, pagos somente em 2025.
Segundo ele, o pagamento dessas pendências foi essencial para destravar a documentação do município. “Se a gente não pagasse, não teria assinado nenhum convênio este ano. Não teria R$ 100 milhões empenhados em obras”, afirmou.
Com a regularização fiscal, o município alcançou mais de R$ 100 milhões em obras empenhadas, entre projetos já iniciados e outros prontos para começar nos próximos meses.
Na zona rural, Moura ressaltou que o convênio com a Itaipu vem avançando após um período de estagnação:
Mais de 40 km de cascalhamento executados em 2025;
Máquinas operando diariamente com tanque cheio, segundo ele, algo que “não acontecia antes”;
Frentes de serviço atuando inclusive em sábados e, quando possível, domingos;
Treinamento de cinco operadores enviados a Curitiba para atuar nas novas máquinas que chegam nos próximos dias.
O prefeito também citou que, em gestões anteriores, havia trechos inteiros abertos sem cascalho. “Nós recebemos comunidades em que as crianças corriam assustadas quando viam uma máquina, porque fazia anos que não chegava uma”, declarou.
Na saúde, Moura apresentou números relevantes:
2.500 novos cadastros na farmácia básica, pessoas que antes não recebiam nenhum medicamento;
Ampliação de atendimentos com especialistas como pediatra, vascular, obstetra e outros;
Mais de 20 cirurgias por mês, com aumento progressivo desde o início do ano.
Encerrando sua fala, o prefeito reforçou que 2025 foi um ano de organização, responsabilidade fiscal e reconstrução. “A gente está longe do ideal, mas está no caminho certo. O que foi planejado para quatro anos ainda não chegou na metade”, afirmou.
Moura pediu união entre Executivo e Legislativo para acelerar os investimentos e garantir que o município siga avançando:
“O povo é o nosso chefe. O que fazemos aqui precisa melhorar a vida de quem acorda cedo, trabalha e espera que o dinheiro público seja respeitado.”
