A investigação sobre o ex-vereador e ex-professor de Irati, Hélio de Mello, de 55 anos, revelou novos números. A Polícia Civil de Irati afirma ter identificado pelo menos 11 vítimas, com idades entre 11 e 17 anos. Mello está preso preventivamente na Penitenciária de Guarapuava desde 9 de outubro.
Inicialmente, o Ministério Público do Paraná (MPPR) havia denunciado o ex-vereador por crimes sexuais contra sete adolescentes. No entanto, o delegado Gabriel Marinho disse à reportagem da RIC que uma força-tarefa, composta por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, realizou uma "escuta" individual com cerca de 60 alunos, todos meninos. Desse grupo, pelo menos 11 confirmaram abusos pelo então professor.
NOVAS PROVAS
Segundo o delegado, além dos depoimentos, há outras provas contra Mello, como mensagens trocadas com um aluno de 13 anos. O material continha diálogos com termos "chulos" e fotos pornográficas. A investigação aponta que o ex-professor usava a posição de poder para cometer os abusos, que incluíam toques nas partes íntimas dos adolescentes.
"Ele tinha o costume de trocar mensagens com diversos alunos pedindo fotos, vídeos… e mandando fotos e vídeos também. Muitas vezes em troca de alguma vantagem, seja um presente ou dinheiro, o que configura o crime de favorecimento à prostituição e exploração sexual”, disse o delegado.
A Polícia Civil concluiu o inquérito em 26 de setembro, indiciando Mello por estupro de vulnerável, favorecimento da prostituição, assédio sexual, entre outros crimes.
OUTROS LADOS
Hélio de Mello, que presidia a Câmara de Irati, renunciou ao mandato em 9 de setembro, em meio ao escândalo. Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR) informou que o professor está afastado de suas funções desde agosto. O Partido Liberal (PL), ao qual Mello era filiado, afirmou que o diretório municipal já o havia afastado e que apura sua expulsão definitiva.
