O governador Ratinho Júnior (PSD) enviou à ALEP (Assembleia Legislativa do Paraná) anteprojeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) referente ao ano de 2026. O texto estabelece a estimativa de receita e fixa as despesas do orçamento geral do estado.
O montante previsto para o próximo ano é de R$ 81,6 bilhões, um aumento de 4% em relação a 2025. Este é o maior valor já estimado pelo Palácio do Iguaçu.
O aumento é puxado, principalmente, pela perspectiva de um acréscimo de 7% na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A projeção da Secretaria de Estado da Fazenda é que o valor salte dos atuais R$ 31,1 bilhões para R$ 33,3 bilhões.
Apesar do recorde, a matéria não estabelece a reposição salarial dos servidores vinculados ao poder Executivo. Sem reajuste desde 2017, o funcionalismo acumula perdas estimadas em 47%. O índice é o maior já amargado pela categoria (saiba mais aqui).
Na data-base de maio de 2019, primeiro ano do governo de Ratinho, as perdas salariais do funcionalismo somavam 17,04%. Em 2022, 2023 e 2024, os índices chegaram a 36,56%, 42,27% e 39,44%, respectivamente.
Em sete anos de governo, Ratinho só concedeu três reposições, em maio 2019, no valor de 2% (paga a partir de janeiro de 2020); em maio de 2021, com o índice de 3% (a partir de janeiro de 2022); e em maio de 2023, quando o reajuste foi de 5,79% (a partir de agosto).
