Cassação em primeira instância
O prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney “Rudão” Gimenes Filho, e a vice-prefeita Patrícia Marcomini foram cassados pela Justiça Eleitoral de Matinhos em junho de 2025, acusados de abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha eleitoral.
De acordo com a sentença da 194ª Zona Eleitoral, o grupo teria promovido um churrasco com distribuição de canos de PVC a moradores em troca de apoio político. A decisão determinou ainda multa e inelegibilidade por oito anos, atingindo também o suplente de vereador Ezequiel Tavares Alves.
“As provas demonstram vantagem indevida concedida a eleitores, configurando abuso de poder e desequilíbrio no processo eleitoral”, destacou o juiz eleitoral na decisão.
Recurso ainda em análise
Apesar da cassação, Rudão e Patrícia seguem exercendo os cargos de prefeito e vice-prefeita. Isso ocorre porque a decisão ainda não transitou em julgado, ou seja, não é definitiva.
A defesa apresentou embargos de declaração e já anunciou que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e, se necessário, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em nota, a equipe jurídica afirmou: “Temos plena convicção de que a verdade prevalecerá e de que nosso trabalho à frente do município continuará sendo reconhecido.”
Posição do Ministério Público Eleitoral
Em setembro de 2025, o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer pedindo a manutenção integral da cassação. O órgão considera as provas apresentadas “claras e consistentes” e defende que o TRE-PR confirme a sentença de primeira instância.
Câmara Municipal arquiva denúncia paralela
Paralelamente, a Câmara Municipal de Pontal do Paraná também analisou uma Comissão Processante contra o prefeito, relacionada à inauguração de um supermercado sem alvarás que desabou posteriormente. O relator, porém, recomendou o arquivamento da denúncia por considerá-la frágil e sem provas diretas de responsabilidade.
O que acontece agora
O processo eleitoral segue em tramitação no TRE-PR, e não há, até o momento, decisão publicada sobre os recursos apresentados pela defesa.
Enquanto isso, Rudão e Patrícia continuam à frente da prefeitura, mantendo suas agendas e compromissos administrativos.
Se a cassação for mantida pelas instâncias superiores, ambos ficarão inelegíveis até 2032.
Contexto político
A decisão de primeira instância e as denúncias paralelas colocam o governo municipal sob forte pressão política. Mesmo assim, Rudão tenta manter o discurso de estabilidade e foco na gestão.
“Seguiremos trabalhando por Pontal do Paraná. A população sabe quem está ao lado dela”, disse o prefeito em discurso recente.
Com informações de: Folha do Litoral, Portal Sol Maior, CBN Curitiba, JB Litoral, Impacto PR, e portal oficial do TRE-PR.
Atualizado em: outubro de 2025
