terça-feira, outubro 21, 2025

GAECO começa revelar um esquema ainda mais amplo dentro das SECRETARIAS de Saúde de várias cidades

Loreni é prefeito pelo 4º Mandato de Quatro Barras 

A operação do Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) em conjunto com o GAECO, que resultou na prisão do prefeito Marco Marcondes (PSD) de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, começa a revelar um esquema ainda mais amplo.

Denominada “Operação Fake Care”, a ação apura um suposto desvio milionário de recursos públicos da Saúde. Além do prefeito, foram presos Beto Rocha (ex-secretário de Saúde e atual secretário de Finanças de Fazenda Rio Grande), um auditor fiscal do Estado, um sócio da empresa AGP Saúde e o comentarista esportivo e ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Contenda, Fernando Gomes — apontado como articulador político e possível lobista do grupo.

Gomes cumpre prisão domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica.

Após o escândalo em Fazenda Rio Grande, novos contratos suspeitos começaram a surgir envolvendo a mesma empresa, a AGP Saúde, em ao menos oito municípios do Paraná — entre eles Nova Cantu, Contenda, Quatro Barras, Paranaguá, Campina Grande do Sul, Piraquara e Bocaiúva do Sul.

Reportagem obteve com exclusividade documentos que mostram contratos firmados entre a Prefeitura de Quatro Barras e a AGP Saúde.

Em uma postagem nas redes sociais, o prefeito Loreno Tolardo aparece ao lado de Fernando Gomes, identificado como articulador e suposto sócio da empresa investigada.

A equipe de reportagem, por meio do jornalista Isaak Almeida, teve acesso ao TERMO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 06/2025, assinado pelo próprio prefeito Loreno Tolardo em 12 de fevereiro de 2025 — documento que autoriza contratação direta, sem processo licitatório.

O que significa Inexigibilidade de Licitação?

É a dispensa do processo de licitação em casos onde não há possibilidade de competição — ou seja, quando só existe um fornecedor possível ou a natureza do serviço exige contratação direta.

Fontes próximas ao MPPR não descartam a possibilidade de novas diligências e buscas em prefeituras envolvidas.

A qualquer momento, o GAECO pode bater à porta do Paço Municipal de Quatro Barras.