terça-feira, maio 06, 2025

Sul e Sudeste decretam emergência em saúde devido a surto de síndrome respiratória grave

O aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave tem levado municípios do Sul e Sudeste do país a decretarem situação de emergência em saúde pública. Um exemplo é a cidade de Florianópolis. De acordo com a prefeitura da capital de Santa Catarina, nos últimos dias foi registrado uma elevação significativa nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva neonatal, pediátrica e de adultos.

Segundo o Diário Oficial do município, a medida tem prazo de 180 dias, contados a partir do último dia 1° de maio. Pelos termos do Decreto, os leitos de retaguarda hospitalares estão 100% ocupados. Esses leitos são destinados a pacientes que não precisam de cuidados intensivos, mas que demandam um ambiente mais tranquilo para se recuperar.

Em meio a esse quadro, o decreto autoriza a contratação de profissionais, de forma temporária, para a rede municipal de saúde. Além disso, há determinação para ampliação da carga horária dos contratos administrativos em vigor, assim como a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados para o enfrentamento da emergência sanitária.

Cenário semelhante também está sendo vivenciado em Minas Gerais. Pelo menos seis cidades mineiras decretaram, nos últimos dias, situação de emergência em saúde pública. O motivo é o mesmo: o aumento de casos de doenças respiratórias. A lista é composta por municípios como Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia.

O governo do estado informou que, até o momento, Minas Gerais recebeu 5,7 milhões de doses, distribuídas aos municípios. Em 26 de abril, houve a ampliação da vacinação para toda a população acima de 6 meses de idade, com metas de cobertura vacinal de 90%.

De acordo com o último Boletim InfoGripe da Fiocruz, tanto Minas Gerais quanto Santa Catarina estão entre os estados com sinal de crescimento na tendência de aumento de casos. Outra unidade da federação que aparece em destaque é Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do país. Na capital, Campo Grande, um decreto situação de emergência em saúde pública também está em vigor.

Informações disponibilizadas pela prefeitura reforçam que as crianças, sobretudo menores de um ano, têm sido as mais afetadas. Dos 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados desde o início do ano, 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito.

Entre os vírus mais presentes estão o Influenza A, o Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — este último comumente associado a quadros graves em crianças menores de seis meses.