sexta-feira, maio 02, 2025

Fusão de Partidos pode rifar SERGIO MORO pela disputa ao Governo do Paraná

A formação da superfederação entre União Brasil (UB) e Progressistas (PP) deve redesenhar profundamente o cenário político no Paraná. Uma das situações mostra o desfavorecimento do senador Sergio Moro. Com os comandos estaduais enfraquecidos, o controle da nova sigla tende a migrar para Brasília, nas mãos de Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (UB). Se isso ocorrer, abre espaço para decisões centralizadas e alinhadas a interesses nacionais.

Esse movimento ameaça diretamente o projeto de Moro. Afinal, ele articula candidatura ao governo do Estado em 2026. Caso o grupo de Ricardo Barros (PP) assuma o comando local da federação, a legenda pode negar apoio à candidatura de Moro. A tendência é de lançar nomes como Cida Borghetti (ex-governadora) ao Executivo e Pedro Lupion ao Senado.

Com isso, Moro corre o risco de ser 'rifado' dentro do próprio partido. E, sem União Brasil, restaria a ele apenas partidos nanicos, com pouco tempo de TV e escassos recursos. Ou seja, um cenário quase inviável para uma candidatura majoritária competitiva.

Além disso, o atrito interno entre os grupos de Felipe Francischini e do próprio Moro enfraquece ainda mais a coesão partidária. Francischini, até então presidente do UB no estado, também vê o espaço dele minguar diante da nova configuração.

OUTROS SE MEXEM

Enquanto isso, outros blocos políticos se mexem. PSDB e 'Podemos' avançam na fusão, e a disputa pelo comando estadual opõe Beto Richa e Álvaro Dias. Se Beto conta com o apoio de Renata Abreu, Álvaro encontra-se em desvantagem por estar sem mandato. Entretanto, a definição da presidência no Paraná ficou para junho.