A rodovia entre Campo Mourão e Farol se transformou em palco de dor, desespero e revolta. Uma colisão frontal entre uma motocicleta e um Chevrolet Corsa tirou a vida da jovem Maria Clara Lacerda Pinto, de apenas 24 anos, moradora de Janiópolis. Outras quatro pessoas ficaram feridas, uma delas em estado gravíssimo.
Maria Clara pilotava uma moto Honda CG Titan 125, levando na garupa sua namorada, de 21 anos. Elas vinham sentido Campo Mourão, quando, ao se aproximarem da entrada do distrito de Alto Alegre, foram violentamente atingidas por um Corsa que forçava uma ultrapassagem em faixa contínua.
A tragédia foi inevitável. Com o impacto devastador, Maria Clara teve uma das pernas arrancadas do corpo e morreu na hora. Sua companheira sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e foi socorrida em estado gravíssimo pelo SAMU, sendo encaminhada ao Hospital Pronto Socorro de Campo Mourão.
Após a colisão, o condutor do Corsa perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou, parando com o veículo virado com as rodas para cima, no mato, às margens da rodovia. O carro transportava três ocupantes, que sofreram ferimentos leves.
A motocicleta ficou completamente destruída, caída no acostamento. O capacete de uma das vítimas foi arremessado a vários metros do ponto de impacto, um indicativo da brutalidade do choque.
O motorista do Corsa, de 29 anos e morador de Peabiru, estava embriagado. O teste do etilômetro acusou 0,77 mg/l de álcool, configurando crime de trânsito. Ele será investigado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, agravado pela embriaguez.
Equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU, Polícia Civil, Polícia Científica e Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local. A área foi isolada para os trabalhos periciais. Após o levantamento, o corpo da jovem foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Campo Mourão.
Mais uma vida ceifada pela imprudência e pelo álcool no volante. Um amor interrompido. Uma família mergulhada na dor.
A comunidade cobra justiça. E que Maria Clara não seja esquecida — que seu nome ecoe como símbolo da luta por segurança e responsabilidade nas estradas.
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