sexta-feira, abril 25, 2025

Grupo DALBA entra com Pedido de Recuperação Judicial

A Dalba Engenharia e Empreendimentos Ltda., empresa que possui os setores administrativo, financeiro e diretivo, em Guarapuava, entrou com pedido de Recuperação Judicial. O requerimento conta com protocolo no dia 14 de abril de 2025, na 1ª Vara Regional Empresarial da Comarca de Ponta Grossa. O valor atribuído à causa soma e R$ 95.190.883,59. 

Além de ser a responsável pela duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469) em Foz do Iguaçu, a empresa também atua em obras estratégicas no Centro-Sul do estado. No fim de 2024, o consórcio Dalba/CLC venceu concorrência promovida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER). A licitação é para duplicar e restaurar em concreto a PRC-466, entre Turvo e o distrito de Palmeirinha, em Guarapuava. De acordo com o contrato, esse investimento está estimado em quase R$ 294 milhões. A empreiteira também é responsável pela manutenção da rodovia que liga Ponta Grossa a Mauá da Serra.

A construtora integra o Consórcio Dalba-Bandeirantes, que executa obras financiadas com recursos públicos. E o pedido de recuperação inclui outras cinco empresas ligadas ao grupo: Dalba Holding de Participações Ltda., Dalba Concreto Ltda., Consórcio Dalba-Afirma, Consórcio Dalba-Bandeirantes e Consórcio Tamboril.

Com o processo de recuperação judicial, a empresa busca reestruturar as dívidas e manter a continuidade dos contratos, muitos dos quais envolvem recursos públicos e impacto direto na infraestrutura regional. A Dalba, portanto, solicita o direito de renegociar dívidas com os credores sem o risco de execuções judiciais. Essa seria uma forma de viabilizar um plano de reestruturação e manter a continuidade das operações.

CRISE AGRAVADA

Conforme detalha o processo, a Dalba enfrenta uma crise econômico-financeira agravada desde a pandemia. Isso ocorreu, de acordo com a empreiteira, pelo aumento significativo nos preços de insumos essenciais, como cimento, CAP (cimento asfáltico de petróleo), aço e xisto. Soma-se a isso as dificuldades para manter obras ativas diante da queda nas contratações públicas.