Camponesas e camponeses de mais de 30 cidades do Paraná vêm participando, nos últimos meses, de uma série de cursos técnicos em Agroecologia, que têm como objetivo fortalecer essa prática nas comunidades rurais do estado.
A capacitação é realizada por meio do Projeto Bem Viver, uma parceria entre o Instituto Latino-Americano de Agroecologia Contestado (ICA) e a Itaipu Binacional, por meio do Programa Mais que Energia, alinhado ao Governo Federal.
A formação abrange desde aulas práticas de conhecimentos aplicados, como o uso de alternativas para o controle de pragas, com misturas naturais ou com a biodiversidade da cultura, até discussões teóricas sobre a agroecologia como forma de resistência e luta pela reforma agrária popular e instrumento de transformação social.
No total, são 60 participantes, distribuídos entre a Escola Milton Santos (EMS), em Maringá; o Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (Ceagro), em Rio Bonito do Iguaçu, e a Escola Latinoamericana de Agroecologia (ELAA), na Lapa.
Fortalecimento da agroecologia
O curso de capacitação faz parte de um conjunto de ações de fomento à agroecologia no Paraná realizadas pelo projeto Bem Viver. Além do curso de Auxiliar Técnico em Agroecologia, há ações específicas em torno da saúde popular, das linguagens artísticas e da comunicação.
O reflorestamento de áreas degradadas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) também fazem parte do projeto. Em oficinas com famílias camponesas, mais de 26 mil mudas foram plantadas em cerca de 30 mil metros quadrados – o equivalente a 40 campos de futebol. A ação chega a comunidades da reforma agrária e povos indígenas. Para a continuidade da multiplicação da agroecologia, estão sendo construídos três viveiros de mudas nativas e dois hortos medicinais, previstos para serem inaugurados este ano.