A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) iniciou o ano de 2025 com movimentações intensas em torno da posse de suplentes de deputados estaduais. Os recentes termos de posse de Leônidas Fávero Neto (CDN) e Jairo Tamura (PL) abriram um campo de disputas judiciais por vagas na Casa.
Dois suplentes, Michele Caputo (PSDB) e Ogier Buchi (PL), questionam na Justiça o direito à titularidade das cadeiras. Ambos argumentam que os suplentes que assumiram as vagas retornaram a seus partidos de origem após mudanças de legenda durante o mandato, o que, segundo jurisprudências, pode ser considerado irregular no contexto de federações partidárias e coligações.
O farmacêutico e ex-secretário estadual de Saúde Michele Caputo protocolou um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná, contestando a posse de Leônidas Fávero Neto. A vaga foi aberta com a renúncia de Douglas Fabrício (CDN), que assumiu a Prefeitura de Campo Mourão.
Especialistas em Direito Eleitoral apontam que a vaga pertence ao segundo suplente da federação partidária, Herivelto Oliveira (Cidadania), que permaneceu fiel ao partido durante todo o período eleitoral. Michele Caputo, embora filiado ao PSDB, alega que a federação PSDB-Cidadania lhe dá direito à vaga.
O advogado e jornalista Ogier Buchi também iniciou um périplo judicial para garantir a vaga deixada por Marcel Micheletto (PL), que renunciou ao mandato ao assumir a Prefeitura de Assis Chateaubriand. A posse de Jairo Tamura é questionada com base na saída do parlamentar do PL em 2024 e seu retorno em setembro do mesmo ano, após disputar as eleições em outro partido.
Buchi argumenta que a vaga deveria ser ocupada pelo segundo suplente do PL, seguindo a linha de sucessão estabelecida pelo próprio partido. Caso consiga sucesso, Buchi reforça sua disposição de atuar como voz ativa na ALEP, defendendo pautas conservadoras e liberais.