O Ministério Público eleitoral do Paraná (MPPR), propôs ação na Justiça pedindo a suspensão dos diplomas e a perda dos cargos dos candidatos que venceram as eleições de prefeito e vice no município de Cruzeiro do Iguaçu. Eles, juntamente com o ex-prefeito Dilmar Tirmina, são acusados de abuso de poder político e econômico, compra de votos, movimentação ilícita de recursos de campanha e fraude eleitoral. Na ação, é pedido que seja eles fiquem inelegíveis por oito anos.
Pertencente ao mesmo grupo político do ex-prefeito Dilmar Turmina, o prefeito eleito e a vice-prefeita eleita (mulher de Dilmar Turmina) que, segundo o (MPPR) a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), o prefeito eleito e a vice conseguiram os 1.269 votos válidos. A diferença de votos para o segundo colocado foi de 233 votos válidos. Para se elegerem, os candidatos eleitos teriam contado com a ajuda financeira de interessados no pleito eleitoral.
Segundo o apurado, essa diferença de 233 votos, ou 7,4% num total de 3.147 votos válidos, é fruto do abuso de poder político e econômico, da compra de votos, da corrupção eleitoral e da arrecadação e gastos ilícitos de campanha. Segundo informações apuradas junto a população local, os políticos usaram PIX e DINHEIRO VIVO como instrumento para a compra de votos, viabilizando bens e vantagens a eleitores, por meio de privilégios em cirurgias, exames, receitas médicas, atendimentos, próteses dentárias e medicamentos.
“Na ação, o representante do MPPR cita, se, ao final da instrução processual, ficar comprovada a inexistência dos fatos ilícitos imputados aos Requeridos na exordial, os mesmos poderão exercer em plenitude seus mandatos. Mas, até lá parece mais adequado garantir e proteger o eleitorado, o cidadão, que pretende ver, em seus representantes, exemplos de lisura e boa conduta.”