Paraná já registrou 232 casos positivos de raiva animal em 203 focos da doença em 2024, mesmo antes do fim do ano, o número já é maior do que o do ano passado, quando o Estado catalogou 148 focos. Os dados são da divisão de Prevenção e Controle da Raiva e EET do departamento de Saúde Animal (Desa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
De acordo com a chefe da divisão que realiza o monitoramento e o controle da doença no Paraná, a médica veterinária Elzira Pierre, a motivação do aumento desses casos no Paraná decorre da falta de vacinação preventiva nos animais.
“Muitos produtores não estão usando a vacina para prevenir a doença, mas sim somente depois que acontece algum caso em sua propriedade. Então, nosso alerta aqui é que façam o uso preventivo da vacina, não esperem chegar a doença na propriedade para vacinar seus animais” explicou Pierre.
NO PARANÁ
A região de Cascavel, no oeste, é a mais afetada com 105 ocorrências de janeiro até o início de novembro. Em seguida estão as regiões de:
- Laranjeiras do Sul, no Centro: 27 casos
- Ponta Grossa, com Campos Gerais: 19 casos
- União da Vitória, no Sul: 17 casos
- Dois Vizinhos, no Sudoeste: 16 casos
- Curitiba: com 14 casos
- Guarapuava, no Centro-Sul: 10 casos
- Cornélio Procópio, no Norte: 9 casos
- Paranavaí, no Noroeste: 6 casos
- Umuarama, no Noroeste: 5 casos
- Francisco Beltrão, no Sudoeste: 2 casos
- Jacarezinho, no Norte Pioneiro: 2 casos
ANIMAIS
De acordo com a divisão de Prevenção e Controle da Raiva e EET, os casos de raiva diagnosticados no Paraná, distribuídos por 45 municípios dessas regiões, foram identificados em:
- 199 bovinos
- 18 equinos
- 1 muar
- 1 ovino
- 6 suínos
- 3 morcegos hematófagos
- 4 morcegos não hematófagos
CONTENÇÃO
Segundo a divisão de Prevenção e Controle da Raiva da Adapar, em cada caso positivo, um raio de 10 quilômetros é estabelecido ao redor da propriedade afetada para definir o perifoco. Esse mapeamento é realizado com auxílio do Sistema de Geoprocessamento, que identifica todas as propriedades com animais suscetíveis e localiza abrigos de morcegos hematófagos cadastrados.
Dentro dessa área delimitada, uma série de ações é colocada em prática. A vigilância ativa busca identificar novos casos suspeitos, com a coleta de material do sistema nervoso central de animais mortos para diagnóstico. Além disso, os técnicos orientam os produtores sobre a vacinação de animais suscetíveis e o uso de pasta vampiricida em casos de ataques por morcegos.