Guarapuava tem enfrentado turbulências no cenário político com a recomendação técnica para desaprovação de prestações de contas de campanha de figuras de destaque: o presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Moraes (MDB), e o prefeito eleito, Denilson Baitala (PL). Ambos os casos analisados pela Justiça Eleitoral apresentam falhas, todavia, com diferentes níveis de gravidade.
De acordo com o parecer técnico, a prestação de contas de Pedro Moraes 'pecou' em dois pontos. Um deles, a entrega fora do prazo de documentos relativos às contratações feitas durante a campanha. O segundo, o excesso no uso de recursos próprios, ultrapassando o limite de 10% permitido pela legislação eleitoral. Apesar da doação pessoal ser inferior a R$ 700, o valor excedente gerou uma multa de aproximadamente R$ 300.
Essas infrações classificadas como administrativas, entram no patamar de baixa gravidade, conforme a Justiça Eleitoral. Isso porque não envolvem valores elevados ou repasses complexos. A recomendação pela desaprovação das contas é reflexo da necessidade de maior rigor no cumprimento das normas eleitorais, mas não compromete a lisura geral da campanha de Moraes.
O caso de Denilson Baitala, por outro lado, envolve problemas mais complexos, conforme apontado no parecer técnico da Justiça Eleitoral. Entre as principais irregularidades está a ausência de comprovação de propriedade de veículo locado. Isso porque, de acordo com o parecer técnico, os documentos relativos à locação estavam em nome de terceiros. Condição essa que gerou inconsistências administrativas, dificultando a fiscalização da Justiça Eleitoral. Surge também a omissão significativa de despesas. Despesas que representaram 29,47% do total de gastos não foram informadas corretamente dentro do prazo exigido, prejudicando a transparência e o controle financeiro.