sábado, outubro 12, 2024

Cascavel - Usina Fotovoltaica: obras atrasam e novo prazo de entrega fica para final do mês

Os 15 ônibus elétricos que passaram a reforçar a frota do sistema do transporte público de Cascavel ainda não estão sendo alimentados pela energia gerada pela “Usina Fotovoltaica” que está sendo construída em uma célula desativada no aterro sanitário. As obras deveriam estar prontas em agosto, mês em que os ônibus passaram a rodar, mas estão atrasadas e o novo prazo de entrega é final deste mês de outubro.

De acordo com Fernando Dillemburg, presidente da Agência de Inteligência e Fomento de Cascavel, a obra está em cerca de 90% concluída. O total de cinco mil placas solares já foi instalado e a Copel está terminando a rede de energia, que vai ligar a subestação até a usina. Também está sendo aferida a cabine de força, já que a usina fará a geração de energia que vai para a cabine de força que transforma em alta tensão que vai para a subestação. De lá ela é trazida para o eletroterminal – que é o terminal de carga com sete carregadores – e transforma a energia novamente de alta para baixa tensão para que os ônibus sejam abastecidos. “Temos um exemplo de projeto: o único município no Brasil que construiu desta forma, gerando a sua própria energia, para que ela seja integrada no sistema de abastecimento de ônibus elétricos, gerando uma energia limpa”, reforçou.

Sobre o atraso, Dillemburg explicou que a Copel teve um problema com a entrega de materiais que já haviam sido comprados de fornecedores, que são os cabos blindados, visto que muitas indústrias estão no Rio Grande do Sul. “A tragédia que houve no estado vizinho acabou afetando e então, tivemos que esperar o trabalho da Copel que deve estar concluído em breve, para então conseguir iniciar o sistema”, pontuou.

O presidente lembrou ainda que o local em que a usina foi construída é em uma célula desativada que vai demorar pelo menos 10 anos para se recompor e que agora está sendo utilizada para gerar a energia em um grande processo de sustentabilidade, em um local que não poderia ter outro destino. “As placas têm uma vida útil e uma garantia de pelo menos 25 anos e durante este tempo fizemos um cálculo que será gerado pelo menos R$ 260 milhões em energia”, descreveu.