Nesta segunda-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu o recurso do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e anulou o “Júri da Rotam”. Em outubro de 2017, o júri absolveu 13 policiais militares acusados de assassinar cinco jovens suspeitos de furtarem um carro no bairro Alto da Glória, em Curitiba.
De acordo com a tese do MP-PR, não houve respeito à apresentação de quesitos definidos na legislação como obrigatórios para a votação dos jurados. Contudo, a decisão do STJ ainda cabe recurso. Havendo trânsito em julgado, o caso volta à Vara do Júri em Curitiba, onde receberá nova data de julgamento.
Relembre o caso do “Júri da Rotam”
Em setembro de 2009, os treze policiais acusados mataram cinco suspeitos, dois deles com menos de 18 anos de idade. Conforme a defesa dos militares, os cinco teriam sido baleados durante uma perseguição policial a um carro furtado, onde houve troca de tiros.
Durante a fuga, os jovens teriam batido o carro e saído do veículo atirando contra os oficiais. Então, os policiais teriam revidado e atingido os suspeitos.
Contudo, investigações após o caso teriam apurado que os jovens não teriam reagido, mas sim, se rendido aos militares.
A princípio, os oficiais teriam algemado os suspeitos e os levado para
um terreno baldio no bairro Atuba, também em Curitiba. Lá, os cinco
teriam sido executados.