Um ex-secretário municipal de Mandaguaçu, no norte do Paraná, é um dos investigados por possíveis crimes contra a prefeitura da cidade. Ele é um dos alvos da Operação Perenidade, deflagrada pelo Núcleo de Maringá do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná (MP).
A operação investiga possíveis crimes de falsidade ideológica, organização criminosa, fraudes em licitação e lavagem e ocultação de bens e valores relacionados à Prefeitura Municipal de Mandaguaçu.
Uma fonte ligada à investigação disse que em janeiro de 2023 o Gaeco recebeu informações sobre um possível e sofisticado esquema de obras irregulares e suspeitas de fraudes em processos licitatórios em Mandaguaçu, que indicariam prejuízos à população e aos cofres públicos municipais.
Com o avanço das investigações, apurou-se que, além do ex-secretário municipal, haveria a participação de forma conjunta e organizada de outras pessoas físicas e jurídicas. Segundo o promotor, são empresas para prestação de serviços de infraestrutura urbana, do ramo de serviços de pavimentação asfáltica e de galerias fluviais, por exemplo. As fraudes seriam praticadas há pelo menos 15 anos.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos investigados em Mandaguaçu e Maringá, expedidos pela Vara Criminal de Mandaguaçu, entre eles a prefeitura. Foram recolhidos documentos e cédulas de dólar e euro.
Também foram adotadas medidas cautelares pessoais, como recolhimentos
domiciliares, proibições de contato entre os investigados e de
contratar com o Poder Público, entre outras. Além disso, foram cumpridas
medidas patrimoniais consistentes no bloqueio de 21 imóveis e quatro
veículos pertencentes aos supostos envolvidos. São cerca de 15
investigados, mas ninguém foi preso.