quinta-feira, junho 20, 2024

Se a MODA PEGA - Prefeitos do Oeste de Santa Catarina são presos em operação contra corrupção

A prefeita do município de Ipuaçu, Oeste de Santa Catarina, Clori Peroza (PT) foi presa preventivamente na manhã desta quarta-feira (19), em operação deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público. Outros dois prefeitos da região também foram presos na ação.

A operação Fundraising, que está em sua segunda fase, investiga crimes como organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção, peculato e fraudes em licitações. 

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, a ação busca desarticular uma organização criminosa capitaneada por um grupo empresarial, suspeita de praticar crimes contra a administração pública, recrutando agentes públicos para a prática.

Na operação foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão em 23 cidades de Santa Catarina, uma do Rio Grande do Sul e em Brasília. Ao todo, são 22 prefeituras investigadas.

Segundo as investigações, o grupo fraudava licitações e desviava verbas, em conjunto com o poder público. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, o grupo buscava firmar contratos com prefeituras sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade. O objetivo dos contratos com indícios de fraude era para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, tivessem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.

Além da prefeita de Ipuaçu, foram presos também os prefeitos dos municípios de Ipira, Marcelo Baldissera (PL), e Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem (PSDB), ambos no Oeste Catarinense. A assessoria de imprensa da prefeitura de Ipuaçu informou que uma nota oficial será divulgada ainda nesta quarta-feira. Em Ipira, o advogado da prefeitura disse que vai se manifestar oficialmente depois de ter acesso ao processo. Em Pinhalzinho, a prefeitura divulgou uma nota informando que, por se tratar de uma investigação sigilosa, mais informações serão prestadas quando a investigação se tornar pública.