O aumento nos casos de dengue tem mobilizado todas as pontas do sistema de saúde. Das Upas, aos hospitais de referência, a doença que está afetando milhares de pessoas demanda de atendimento mais demorado para análise dos casos, exames complementares e reconsultas, além de acompanhamento constante em alguns casos. Há, ainda pacientes com quadro graves e que precisam de internamento hospitalar e, até, UTI.
Na região de Francisco Beltrão, mesmo os hospitais de pequeno porte recebem pacientes que precisam de internamento. Os mais graves, com dengue do tipo C e D, vão para o Hospital São Francisco e para o Regional, respectivamente. Este último já atendeu 95 pessoas com dengue desde fevereiro e 13 não resistiram às complicações da doença. “A dengue atingiu uma proporção muito grande, como nunca havia acontecido. O Hospital Regional já vinha com uma demanda grande devido aos procedimentos que realiza e às especialidades que atende, mas a doença agravou essa ocupação”, relata o diretor da unidade, Geraldo Biesek. No ano passado, a unidade não recebeu pacientes com a doença.
Para lidar com a nova demanda, o HRS suspendeu algumas cirurgias eletivas. A emergência tem recebido mais pacientes que a capacidade, em alguns momentos. E os internados precisam de tempo para se recuperar. “Hoje [segunda-feira] temos 16 pacientes com dengue aqui no Hospital, oito destes estão na UTI. Em média, só na parte do tratamento intensivo cada um fica de dez a 12 dias”, cita Biesek.- Publicidade -
Os infectados que precisam de atendimento hospitalar têm complicações ligadas à queda de plaquetas e hemorragias. Nas unidades, há um cuidado prioritário com alguns grupos, como pessoas com comorbidades, gestantes, idosos e crianças.
PorJB