A Polícia Civil (PC-PR) cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um professor universitário de 57 anos investigado por matar cães a pauladas em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Entre os casos investigados, está a morte de um cachorro da raça pinscher.
O nome do professor não foi divulgado pela polícia. Ele também foi alvo de um mandado de medida cautelar, que o proíbe de se aproximar de outros animais domésticos.
Segundo investigações, no caso do pinscher, o homem matou o cão, de pequeno porte, na frente de uma criança, com a justificativa de estar defendendo o próprio cachorro, da raça Akita, de grande porte.
O crime aconteceu no condomínio em que o suspeito mora em 27 de outubro, de acordo com a Polícia Civil.
Relembre a seguir.
A polícia apurou, também, que o crime não foi isolado, e que o investigado matou outros cães em situações semelhantes. Conforme Guilherme Dias, delegado responsável pelo caso, outros três cachorros foram vítimas do professor.
A investigação deu conta, ainda, que o investigado anda com paus e tonfas, uma espécie de cassetete, utilizados para matar animais que se aproximem.
"Durante a investigação, nós descobrimos que na verdade não era um, mas três casos idênticos a este. [Durante a operação] encontramos uma tonfa e um pau que ele utilizava pra agredir e matar esses animais", afirma o delegado.
Ainda segundo Dias, testemunhas relataram que o professor ameaçava os vizinhos e chegou a agredir outros cães com os itens apreendidos nesta sexta-feira.
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), instituição na qual o homem dá aulas, afirmou que "por se tratar de um ato praticado fora da Universidade, a apuração deve ficar a cargo das autoridades externas competentes".
Segundo a universidade, não há nenhum procedimento interno que investigue as acusações contra o professor, porque, de acordo com a instituição, "apesar do suposto ato cometido pelo servidor ser reprovável, este não poderia ser responsabilizado na esfera administrativa, já que a conduta não possui relação direta ou indireta com a administração pública ou com o cargo ocupado".
A UTFPR informou ainda que ele segue como professor ativo na
instituição, porque a previsão legal para perda de cargo se dá apenas em
caso de condenação.