terça-feira, setembro 19, 2023

No Paraná, quem bate o carro pode ter que pagar mais de R$ 100 para registrar boletim

Exemplo - A estatística e veterinária Luciana Helena se envolveu num acidente de trânsito no último Dia dos Pais (13 de agosto), quando outro motorista bateu em seu veículo enquanto ele estava estacionado no Centro de Curitiba. No dia seguinte à ocorrência, ela já deu início a todos os trâmites para resolver a questão e ser ressarcida pelos danos sofridos.

E para acionar o seguro e consertar o carro, ela precisou registrar um boletim de acidente de trânsito. Foi quando teve uma surpresa: na hora de emitir o documento, descobriu que teria de pagar um valor para ter acesso ao boletim de ocorrência.

TAXA

Muitos não sabem, mas no Paraná é cobrada há décadas uma taxa pelo serviço. Segundo o Tenente Queirolo, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) da Polícia Militar do Paraná (PMPR), a cobrança existe desde 1983 e foi instituída via lei estadual.

Os valores, por sua vez, são reajustados anualmente e atualmente variam entre R$ 73,73 e R$ 105,34, sendo que a cobrança mais alta é para os casos em que uma viatura precisa ser deslocada para atender a ocorrência e a menor, para o registro de acidentes de trânsito online, através do Boletim de Acidentes de Trânsito Eletrônico Unificado (BATEU).

“Uma guia de recolhimento é emitida quando a pessoa registra pela ocorrência. É um valor individual [ou seja, se duas ou mais pessoas registrarem boletim para uma ocorrência, cada uma delas terá de pagar a taxa] e depois que a guia é paga, a pessoa tem acesso ao boletim de trânsito, porque daí gera o BATEU e ela pode dar prosseguimento ao seguro DPVAT, acionar a seguradora e tudo o mais”, explica o policial.

Ainda segundo o tenente Queirolo, todo o montante arrecado com o registro dos boletins de sinistros no trânsito é repassado ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) ou ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER), dependendo do local do acidente