Exemplo - A estatística e veterinária Luciana Helena se envolveu num acidente de trânsito no último Dia dos Pais (13 de agosto), quando outro motorista bateu em seu veículo enquanto ele estava estacionado no Centro de Curitiba. No dia seguinte à ocorrência, ela já deu início a todos os trâmites para resolver a questão e ser ressarcida pelos danos sofridos.
E para acionar o seguro e consertar o carro, ela precisou registrar um boletim de acidente de trânsito. Foi quando teve uma surpresa: na hora de emitir o documento, descobriu que teria de pagar um valor para ter acesso ao boletim de ocorrência.
TAXA
Muitos não sabem,
mas no Paraná é cobrada há décadas uma taxa pelo serviço. Segundo o
Tenente Queirolo, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) da Polícia
Militar do Paraná (PMPR), a cobrança existe desde 1983 e foi instituída
via lei estadual.
Os valores, por sua vez, são reajustados anualmente e atualmente variam
entre R$ 73,73 e R$ 105,34, sendo que a cobrança mais alta é para os
casos em que uma viatura precisa ser deslocada para atender a ocorrência
e a menor, para o registro de acidentes de trânsito online, através do
Boletim de Acidentes de Trânsito Eletrônico Unificado (BATEU).
“Uma
guia de recolhimento é emitida quando a pessoa registra pela
ocorrência. É um valor individual [ou seja, se duas ou mais pessoas
registrarem boletim para uma ocorrência, cada uma delas terá de pagar a
taxa] e depois que a guia é paga, a pessoa tem acesso ao boletim de
trânsito, porque daí gera o BATEU e ela pode dar prosseguimento ao
seguro DPVAT, acionar a seguradora e tudo o mais”, explica o policial.
Ainda
segundo o tenente Queirolo, todo o montante arrecado com o registro dos
boletins de sinistros no trânsito é repassado ao Departamento de
Trânsito do Paraná (Detran-PR) ou ao Departamento de Estradas e Rodagem
(DER), dependendo do local do acidente