Seis ex-servidores da administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), acusados de usar "dedos" de silicone com impressões digitais para fraudar pontos biométricos, foram absolvidos pela Justiça nesta quinta-feira (20).
A operação que revelou o caso aconteceu em 2014. Na época, mais de 20 moldes de silicone foram apreendidos. As autoridades disseram que eles eram usados para funcionários ausentes não terem perdas salariais. Relembre o caso abaixo.
Em 2016, 22 funcionários foram denunciados por estelionato e formação de quadrilha.
Para a absolvição, o juiz responsável alegou que houve ausência de provas de crimes por parte dos então funcionários. Durante o período de julgamento, dois acusados faleceram.
Em nota, o advogado Jean Paulo Pereira, que defende os dois ex-servidores, informou que a decisão referenda as provas apresentadas por ele, de que os clientes não possuíam envolvimento com o esquema.
A defesa falou, ainda, que estuda como buscar reparação por parte da Portos.
A Portos do Paraná afirmou ao g1 que aguarda a intimação da decisão, assim como a manifestação do MP-PR sobre interposição de recurso e, eventualmente, adotar as providências cabíveis. Em relação às ações trabalhistas, a empresa afirmou que todas elas foram julgadas improcedentes.
"Mesmo as reclamatórias que ainda não contam com o efetivo trânsito em julgado, já possuem, ao menos, sentença da justiça especializada de Paranaguá e acórdão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná confirmando a demissão por justa causa e negando as reintegrações", afirma a nota da Appa.