sexta-feira, julho 21, 2023

Postos da PRE do Paraná são alvo de operação por facilitar contrabando de cigarros; dois policiais foram afastados

Três postos da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) suspeitos de facilitar a passagens de cargas de cigarros contrabandeados que entravam no país pelo Paraguai.

As unidades ficam em Tamboara, Cruzeiro do Oeste e Diamante do Norte. Dois militares, suspeitos de receber propina para liberar a passagem das cargas, foram afastados das funções públicas.

A Operação Effusus também teve como alvos os membros de uma organização criminosa que atuava na importação, transporte, depósito e comercialização de cigarros contrabandeados. Umuarama, Paranavaí e Cruzeiro do Oeste também estão entre as cidades que tiveram cumprimentos de mandados. 

Cerca de 100 policiais militares e federais participaram da ação.

Em nota, a polícia confirmou que dois policiais foram afastados e disse, ainda, que a corporação não compactua com desvio de conduta e que colabora para as investigações.

Ao todo, sete ordens de prisão preventiva foram expedidas para operação, além de 20 mandados de busca e apreensão. 

Investigação

Segundo a polícia, as investigações iniciaram há sete meses. Os agentes conseguiram identificar que empresas de fachada eram utilizadas para lavagem de dinheiro e o registro e transferência de veículos utilizados para o transporte dos cigarros.

O núcleo do contrabando, segundo a PF, era concentrado em Umuarama, com galpões que armazenavam as drogas. De lá também era feita a distribuição das mercadorias para diversos destinos do país.

Na operação da PF, bens e imóveis foram sequestrados de 10 suspeitos ligados ao esquema. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

Os materiais apreendidos vão passar pela análise da Polícia Federal e os envolvidos vão responder pelos crimes de contrabando, comércio, depósito e transporte de cigarros contrabandeados, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Somadas, as penas podem passar dos 23 anos de prisão.