A equipe policial militar recebeu algumas denúncias dando conta de que um masculino de 68 anos, teria em sua residência, armas de fogo, bem como andava a cavalo portando as referidas armas e ameaçando transeuntes, também davam conta que frequentemente efetuava disparos de arma de fogo nas redondezas de sua residência.
Nesta data a equipe em conversa com um masculino, este afirmou que o suspeito era morador da região, que era uma pessoa que frequentemente ameaçava sua família por conta de uma cerca que fazia divisa com a propriedade, bem como afirmou que possuía diversas armas de fogo em sua casa.
Diante das informações e a fim de verificar as referidas denúncias, a equipe se deslocou até a propriedade do suspeito e utilizando-se de giroflex a equipe chegou ao pátio da residência do denunciado, no momento da chegada da equipe, foi visualizado que o denunciado estava na porta frontal de sua residência, e que ao avistar a presença da equipe policial, adentrou rapidamente para o interior de sua casa, onde neste momento foi acionado algumas vezes a sirene da viatura policial e assim foi verbalizado por diversas vezes para o denunciado, Polícia Militar, saia para fora com as mãos na cabeça, que neste momento o denunciado voltou novamente até a porta frontal da residência, visualizou que se tratava de uma equipe policial militar e adentrou novamente para o interior do imóvel , que neste momento o denunciado começou a gritar de dentro da residência, “polícia mesmo? vamos ver se é polícia”.
A todo momento foi verbalizado para o denunciado dando ordens para que este saísse do interior da casa com as mãos para cima, e em seguida o autor abriu uma porta lateral da casa, portando uma arma de fogo do tipo revolver em uma das mãos e passou a gritar, “a seus polícia, vocês vão ver”.
Neste momento a equipe buscou abrigo e um policial, o qual estava mais próximo do autor passou a verbalizar novamente para que este largasse a arma, porém, o autor apontou o revólver em direção aos policiais e efetuou dois disparos em direção ao Policial que ainda assim, foi verbalizado para que o autor largasse a referida arma, porém, ele veio a apontar novamente a arma em direção ao referido policial, sendo que para cessar a injusta agressão, foi realizado um disparo pelo policial, o qual veio a alvejar o autor, que após ser alvejado, fechou novamente a porta da residência.
Neste momento a equipe buscou abrigo e continuou com a verbalização, e após alguns minutos, o autor parou de responder, sendo então realizado o adentramento tático no interior da residência e verificado que o autor encontrava-se com sinais vitais caído no chão da cozinha próximo do referido revólver.
De imediato a equipe iniciou os procedimentos de atendimento pré-hospitalar de combate, sendo verificado que o disparo havia transfixado o antebraço direito e atingido o tórax do autor, assim foi realizado a aplicação de torniquete em seu braço e aplicação de selo tórax com a finalidade de conter o sangramento massivo, bem como o uso de manta térmica para manter a temperatura corporal do autor com intuito de proporcionar uma sobrevida até o devido atendimento médico.
Diante da grande distância do local dos fatos, da dificuldade de acesso por equipes de atendimento médico, da falta de comunicação por telefone ou rádio e, considerando que o autor encontrava-se com sinais vitais, a equipe conduziu o autor no banco traseiro da viatura até o hospital, em uma distância aproximada de 23 km, sendo que com a chegada do autor no hospital, foi constatado seu óbito.
Diante dos fatos, a equipe acionou os órgãos competentes.
A arma utilizada pelo autor dos disparos trata-se de um revólver calibre 22 de marca não identificada, capacidade para 10 tiros, carregada com 7 munições intactas e 2 deflagradas, arma esta que foi recolhida pela equipe e entregue na Polícia Judiciária de Prudentópolis-PR.
Nas dependências da Delegacia, em consulta operacional via sistema, a equipe constatou que haviam diversos boletins de ocorrência por ameaça em face do autor com emprego de arma de fogo.