segunda-feira, abril 24, 2023

''COIO '' é preso no PARAGUAI . ele é o último suspeito de matar família no Sudoeste do Paraná

O último suspeito de envolvimento na morte de cinco pessoas da mesma família, nas cidades de Realeza e Capitão Leônidas Marques, no interior do Paraná, foi preso no Paraguai. O preso é apontado como líder do grupo que matou a família no dia 19 de setembro de 2022.

Além das mortes, ele e os irmãos que já estão presos, são apontados como autores de diversos roubos na região Sudoeste do Estado.

O preso é foragido da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PFB), onde cumpria pena pela prática de diversos crimes, dentre eles um latrocínio ocorrido na zona rural de Rio Bonito do Iguaçu, no ano de 2015, no qual foi condenado a pena de 91 anos.

Com a prisão deste foragido, todos os integrantes identificados da organização criminosa foram presos.

CRIME..

A Polícia Civil, juntamente com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), tenta localizar todos os envolvidos na morte de cinco pessoas da mesma família no dia 19, nas cidades de Realeza e Capitão Leônidas Marques, no interior do Paraná. Um dos procurados é foragido da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PFB), no dia 2 de agosto de 2022.

A suspeita é que o detento na companhia dos irmãos são os autores das mortes de Amélia Koc, de 75 anos, os filhos dela; Elso Koc, de 54 anos e Dirceu Koc, 49 anos, o neto dela Rafael Koc e a namorada dele, Jaqueline Darós.

Dois dos suspeitos, que são irmãos do foragido da penitenciária, foram detidos na PR-180, em Cascavel por equipes da Polícia Militar. Um deles ocupava um veículo que foi apontado como o usado no dia dos crimes. Eles foram identificados e encaminhados para o Batalhão de Polícia de Cascavel. Segundo as informações que as equipes policiais receberam, os irmãos seguiam para o Sudoeste do Estado, após auxiliar o foragido a fugir para o Paraguai.

A investigação aponta que o trio de irmãos, juntamente com outras pessoas, ainda não identificadas, estão envolvidos em vários crimes na região Sudoeste do Estado, dentre eles o latrocínio da família. “Eles são suspeitos de crimes de roubo, com uso de ameaça e arma de fogo, na região de Quedas do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Dois Vizinhos, e Santa Isabel,” explicou Tiago Vacari, coordenador do Gaeco.

O grupo é considerado de alta periculosidade. Um dos irmãos de 24 anos, que foi detido, tem passagem quando menor por espancar uma criança de dois anos, durante um roubo. Já o foragido da PFB, possui mais de anos de condenação pelo crime de latrocínio, e é considerado pela polícia o cabeça da organização criminosa.
Mortes

Um empréstimo no valor de R$ 11 mil pode ter sido o motivo dos crimes. O montante havia sido adquirido no banco por Amélia Koc, de 75 anos, que foi morta a pauladas dentro da própria casa, localizada na linha Marmelândia, área rural da cidade de Realeza, no Sudoeste do Paraná.

Os filhos dela, Elso Koc, de 54 anos, e Dirceu Koc, 49 anos, também foram agredidos por golpes de madeira, amarrados e localizados dentro de um galpão nos fundos da residência da mãe. Elso morreu no local, já Dirceu foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu.

Após o crime, a polícia iniciou buscas para tentar localizar neto de Amélia, Rafael Koc, e a namorada dele, Jaqueline Darós, que estavam desaparecidos. Eles foram encontrados, quatro dias depois, na sexta-feira (23), mortos a tiros na cidade de Capitão Leônidas Marques, município que fica a cerca de 30 quilômetros de Realeza.

A Polícia acredita que Rafael e Jaqueline tenham sido pegos pela quadrilha antes que as outras vítimas, no entanto a ordem cronológica das mortes ainda é investigada pela polícia.

“O padrão de agir dessa organização criminosa é escolher as vítimas de maneira aleatória e ter a oportunidade para a prática do crime. É o que acreditamos que tenha ocorrido nestes casos” finalizou Tiago Vacari, coordenador do Gaeco.