O Paraná é o terceiro estado com mais motoristas reprovados no exame toxicológico, que analisa o comportamento desses condutores profissionais. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Toxicologia, no período de março de 2016 até agosto de 2022, quase 24.500 motoristas do estado foram pegos em flagrante no exame.
Só no último fim de semana (14 e 15/jan) foram registrados dois casos de acidentes de trânsito envolvendo motoristas de caminhão que tinham usado álcool e drogas.
A legislação brasileira prevê, desde 2016, que
todo motorista profissional de CNH C, D ou E (vans, ônibus, caminhões,
carretas) seja obrigado a realizar o exame toxicológico no momento da
obtenção ou renovação da CNH e também no exame periódico que deve ser
realizado a cada dois anos.
Outro pilar que exige o exame é a
CLT, as transportadoras devem exigir dos funcionários o toxicológico na
admissão, demissão e periódico. Renato Dias, presidente da Associação
Brasileira de Toxicologia, afirma que a frequência de testagem desses
profissionais deveria ser mais alta, em um período de seis meses.
De acordo com os dados da ABTox, no Brasil, de cada dez laudos positivos para drogas, quatro são de motoristas de caminhão e carreta. A SOS Estradas, movimento que reúne pessoas ligadas a entidades de vítimas de trânsito, trabalha para reunir ideias simples para redução da violência nas rodovias. Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, aponta que um dos motivos do uso de drogas pelos motoristas é fruto de uma jornada de trabalho excessiva.
Os cinco estados que mais tiveram seus motoristas flagrados no exame
toxicológico entre 2016 e 2022 foram São Paulo com mais de 64 mil
motoristas, Minas Gerais com mais de 32 mil, Paraná (24.458), Rio Grande
do Sul (23.004) e Santa Catarina (18.827).
