quarta-feira, janeiro 11, 2023

No LUGAR de REQUIÃO , Deputado Ênio Verri deverá assumir a direção geral da Itaipu

Deputado federal, Ênio Verri (PT), deverá assumir a direção geral brasileira da Itaipu Binacional. Também está crescendo na bolsa de apostas o nome do deputado estadual, Arilson Chiorato, presidente estadual do partido. 

Como o Paraná não foi contemplado com nenhum ministério no governo petista, o presidente Lula deixou para a deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT), escolher um dos maiores orçamentos e autêntica máquina de obras no Paraná.

Gleisi já teria indicado Verri ou Chiorato, Jorge Samek ou mesmo Paulo Bernardo se não tivesse uma enorme pedra no sapato: Roberto Requião. O ex-governador foi aliado de Lula na campanha à Presidência no Estado, mas há resistência do partido em indica-lo.

Um dos maiores desafios da maior usina geradora de energia do planeta neste governo que se inicia será a negociação com as Altas Partes Contratantes – Itamarati e governo paraguaio. 

Outra missão do governo populista de Lula será baixar a tarifa da energia, mas sofrerá pressão pelo sócio do outro lado da barreira e pelo Governo do Paraná que deverão querer manterá tarifa no maior nível possível, para fazer caixa obras.

Também as distribuidoras e os grandes consumidores farão pressão para ser no menor nível possível. Será uma batalha de leões.

A Itaipu deve arrecadar pouco mais de US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) por ano, mas gasta tudo que arrecada. A última parcela da dívida deverá ser paga em fevereiro deste ano. A dívida é com o Tesouro Brasileiro. Em 1997, o então presidente, Euclides Scalco, fez uma renegociação da dívida e centralizou tudo com o Tesouro. “Se não tivesse feito, hoje estaríamos devendo U$ 80 bilhões”, informa uma fonte da empresa.

O técnico ressalta que, de janeiro a novembro de 2022, o Brasil pagou U$ 162 milhões de dólares pela energia da Itaipu que o Paraguai não usou.

O diretor-geral paraguaio de Itaipu Binacional, Manuel María Cáceres, informou que não há acordo entre o Paraguai e o Brasil para a venda da energia da usina hidrelétrica e que as negociações continuarão.

Nas negociações para a tarifa de 2023, o Brasil busca, mais uma vez, reduzir o valor da energia que compra do Paraguai em 38,9%, já que a dívida da hidrelétrica está praticamente paga e, portanto, não há mais despesas para quitá-la.