quarta-feira, dezembro 28, 2022

Agricultura já tem perdas irrecuperáveis

O plantio da soja inicia em setembro e termina em dezembro. E o milho pode ser plantado até fevereiro. É cedo, portanto, para prever, em percentuais, uma quebra para esta safra, devido à falta de chuva. Porque as plantas mais tardias ainda poderão pegar período de chuvas regulares. Mas certas lavouras, tanto de soja como de milho, já apresentam perdas irrecuperáveis, pelo “déficit hídrico” iniciado em novembro, intensificado em dezembro e, infelizmente, com risco de continuar em janeiro.

O Núcleo da Seab de Francisco Beltrão está em período de recesso e não tem, ainda, estimativas de perdas já consumadas, mas o técnico Antoninho Fontanella tem informações gerais que dão ideia do período vivido pela agricultura da região. Frases do Antoninho enviada ontem pela internet:

– Tem lavouras que já apresentam mais de 50% de perdas.

– Tem produtores pedindo Proago; querem que áreas de soja e milho plantado em setembro e outubro, e agora frustradas pela seca, sejam liberadas (dadas como perdidas), para antecipar o plantio da safrinha.

– Em agosto já havia previsões de falta de chuva de novembro a janeiro.

– Na região, esta é a quarta safra seguida com quebras acentuadas de produção “por falta de precipitações”.

– Nos municípios da fronteira tem chovido, mas com muita irregularidade.

– Em vários lugares tem gente puxando água para os animais e uso doméstico.

Faltou chuva em novembro e dezembro

O Simepar, que tem estação meteorológica no Aeroporto de Francisco Beltrão, registrou 92 milímetros de chuva em novembro e 74 mm em dezembro, até dia 27. É praticamente a metade da média histórica para esses dois meses.