Para o produtor de leite e vice-presidente da cooperativa Castrolanda, Armando Carvalho Filho, a queda deve permanecer ao longo dos próximos meses também por uma regulação do mercado — quando o próprio mercado afeta os preços em decorrência da prática da concorrência e da disposição do consumidor em pagar o valor praticado.
O cenário de queda até o fim de 2022 também é esperado pelo economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Paraná, Sandro Silva.
Apesar da queda, segundo ele, os patamares de preços registrados no começo do ano não devem ser alcançados no estado. O economista também afirmou que o cenário deve ser parecido em todo o país.
"A gente teve uma alta muito expressiva durante o ano. Em Curitiba, por exemplo, foram quase 80% entre fevereiro e julho. Isso aconteceu porque muitos produtores pararam de produzir por conta da alta no custo e houve também demanda da indústria, em especial para derivados do leite. Com menos produtores e alta demanda, o preço subiu. E teve também a época de entressafra e a condição climática, de seca, que prejudicou a pastagem", explicou.
Agora, com a chamada entressafra chegando ao fim - diminuindo a
necessidade de suplementação alimentar para os animais - e a proximidade
do fim do inverno em especial na Região Sul, a tendência é de queda.