Prefeitura de
Francisco Beltrão, por meio da secretaria municipal de Saúde, está
implantando o Ambulatório Municipal de Obesidade. Na sexta-feira (19)
foi realizada uma reunião com pacientes que estão na fila de espera para
cirurgia bariátrica. Novas reuniões serão realizadas e os pacientes com
indicação de atendimento especializado para a doença obesidade serão
inseridos no acompanhamento.
O encontro realizado no Espaço da Arte teve
palestra com a médica nutrologista Adma Poliana de Borba Cecílio da
Silva, que pertence à rede municipal.
Das 30 pessoas do município que estão na fila de espera do SUS para
realizar a bariátrica, 20 compareceram e receberam as orientações sobre o
acompanhamento multiprofissional. Já saíram da palestra com a primeira
consulta médica agendada, quando iniciam o tratamento. A partir desta
terça-feira, dia 23 de agosto, o atendimento do ambulatório será
prestado na Unidade de Saúde do bairro Vila Nova e no Ambulatório de
Fisioterapia, na Cango.
De acordo com Manoel Brezolin, secretário municipal de Saúde, o objetivo
é ordenar o fluxo de acesso ao tratamento cirúrgico da obesidade.
Também explica que o paciente será inserido em acompanhamento
multiprofissional por, no mínimo, dois anos antes de ser encaminhado
para procedimento cirúrgico. Pelos mais recentes protocolos da saúde,
pacientes que pleiteiam a bariátrica devem primeiro ter o acompanhamento
com médico, nutricionista, psicólogo e preparador físico. Somente após
esgotadas todas as possibilidades de tratamento é que será adotado o
procedimento cirúrgico.
No ambulatório serão disponibilizados atendimentos médicos e
nutrológico, psicológico, nutricional e com profissional de educação
física. Essa intervenção visa reduzir a gordura corporal para um nível
que seja acompanhado de melhora no estado de saúde ou consistente com a
redução dos riscos e complicações cardiometabólicas a curto, médio e
longo prazos.
A obesidade é um distúrbio nutroneurometabólico que se manifesta pelo
excesso de gordura corporal e ocasiona consequências clínicas
importantes para seus portadores, tornando-se uma doença crônica e
progressiva. Assim, é imprescindível a adoção de políticas públicas
voltadas para o tratamento assertivo da obesidade, visto que, reduções
do peso corporal, mesmo que modestas (cerca de 5%), resultam na melhora
do perfil metabólico e redução do risco cardiovascular.