O Brasil, maior produtor mundial de café, entra no ciclo de alta produtividade da colheita de arábica no ano que vem. A
safra deste ano foi prejudicada pelo clima seco, que reduziu a produção
para 54,7 milhões de sacas em relação ao recorde de 70 milhões de sacas
em 2020-21.
Uma produção maior pode reabastecer estoques baixos e desacelerar a alta dos preços. Os contratos futuros do café arábica acumulam alta de 62% neste ano em Nova York, com a oferta mais restrita na América do Sul agravada pelo aumento dos custos de frete e escassez de contêineres. Isso elevou a perspectiva de custo para empresas que usam os grãos, como Starbucks e Nestlé.
A
produtividade de plantações do sul de Minas Gerais e Alta Mogiana,
atingidas pelas geadas de julho, ainda será afetada. Outros lugares como
a Zona da Mata ou regiões de cultivo de robusta, que tiveram clima mais
ameno, devem ter melhores safras. A expansão da área plantada na Bahia e
Rondônia deve elevar a produção de robusta.